google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Cafeicultores podem perder cerca de R$ 400 milhões com geada - Tribuna da Serra

Cafeicultores podem perder cerca de R$ 400 milhões com geada

Temperatura pode chegar a 2 graus na madrugada de quarta-feira e pastagens também serão afetadas

Caso a previsão anunciada pelo instituto de Tecnologia e Informações Ambientais (Simepar) de temperaturas em torno de 2 a 3 graus no início da manhã de quarta-feira se concretize, os cafeicultores do Norte Pioneiro podem perder cerca de 400 milhões se perderem as 936 mil sacas previstas para serem colhidas este ano. A cotação média do produto hoje é de R$ 300 reais a saca de 60,5 quilogramas do produto beneficiado.
Segundo o gerente regional da unidade do Instituto Emater de Santo Antônio da Platina, engenheiro agrônomo Maurício Castro Alves, caso a previsão se confirme, a qualidade do produto será afetada. A produtividade estimada para a safra 2013/2014 é de 11 sacos por hectare. Na região há cerca de 7,5 mil produtores e a área plantada é de 87, 1 mil hectares. “Há muito café verde na planta (café) ainda e se houver uma geada de forte intensidade o produto não vai granar”, explica.
O agrônomo também afirma que a geada poderá gerar prejuízos nas lavouras de milho, trigo, hortaliças e também na pecuária, já que a grama também será afetada. “Há muito milho verde e parte da lavoura de trigo está em fase de formação dos cachos, se realmente as temperaturas forem muito baixas haverá perdas consideráveis para os produtores”, alerta. A consequência para as hortaliças é ainda pior. “Hortaliças são muito sensíveis ao frio e a perda pode ser total”, adverte.
Alves orienta os produtores a usar técnicas de nebulização – por meio da queima de pneus junto a lavoura de café – para minimizar o dano causado pelo frio. Outra técnica que pode ser usada nas mudas é enterrá-las para evitar o contato com sereno que congela na planta. Para as plantas ainda em formação, o agrônomo recomenda que sejam enterrados os caules para evitar a perda da planta, depois da geada, a recomendação é para que os galhos queimados sejam cortados. Para os produtores de hortaliças a recomendação é para que mantenham a plantação irrigada no momento mais crítico da geada. A técnica eleva a temperatura e evita o congelamento das plantas.
Segundo o meteorologista Paulo Barbieri, caso a previsão se confirme, a geada que ocorrerá amanhã será a mais intensa dos últimos 12 anos. O último registro de temperatura abaixo de 4 graus na região ocorreu em 2000.
Geada negra
A geada mais intensa registrada no Norte Pioneiro Paranaense ocorreu nos dias 16,17 e 18 de julho de 1975. No dia seguinte, os cafezais se resumiam a plantas queimadas. O fenômeno, conhecido como geada negra, acontece quando ventos gelados desidratam os tecidos expostos da planta (folhas, caule, frutos e flores) que morre antes mesmo da formação do gelo. As piores geadas da região foram registradas nos anos de 1902, 1918, 1975 e 1994.
Tanosite

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