google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Índios fazem enterro simbólico de políticos - Tribuna da Serra

Índios fazem enterro simbólico de políticos

Em manifestação contra propostas que pretendem mudar as regras das demarcações de terras indígenas, um grupo de índios fez nesta quinta-feira (3), no gramado em frente ao Congresso Nacional, o enterro simbólico da ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil da Presidência da República, da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. 

Os índios entregaram a um grupo de parlamentares uma carta pedindo a imediata paralisação de várias propostas em tramitação no Congresso, entre elas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215. A proposta transfere do Executivo para o Congresso a prerrogativa de demarcação de terras indígenas. 

"Nós, caciques e lideranças indígenas de todo o Brasil, mobilizados em Brasília e simultaneamente em vários estados, repudiamos de público os ataques orquestrados pelo governo da presidenta Dilma Rousseff e parlamentares, maioritariamente ruralistas do Congresso Nacional, contra os nossos direitos originários e fundamentais, principalmente os direitos sagrados à terra, territórios e bens naturais garantidos pela Constituição Federal de 1988", diz trecho da carta, assinada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). 

Apesar de pacífica, a manifestação foi acompanhada por dezenas de policiais militares, que fizeram um cordão de isolamento próximo ao espelho d`água em frente ao Congresso para impedir a passagem dos índios. 

Na última quarta-feira (2), representantes de 31 etnias indígenas reuniram-se com o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), e diversos deputados para apresentarem suas principais reivindicações ao Parlamento. Durante o encontro, que foi promovido pela Comissão de Legislação Participativa, os índios reclamaram das propostas em tramitação no Congresso, por considerá-las prejudiciais aos povos indígenas.
Agência Brasil

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