google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0 PT homologa pré-candidatura de Gleisi - Tribuna da Serra

PT homologa pré-candidatura de Gleisi

Em encontro estadual realizado ontem, em Curitiba, o PT do Paraná homologou a pré-candidatura da senadora Gleisi Hoffmann ao governo do Estado. Centenas de delegados de todos os municípios paranaenses aprovaram, por unanimidade, a decisão de lançar Gleisi para enfrentar o governador Beto Richa (PSDB) em 5 de outubro. A homologação abre o processo da pré-campanha no partido, com a construção da política de alianças e a elaboração do plano de governo. 

No discurso, já como pré-candidata, Gleisi destacou os avanços do governo federal e citou um a um os investimentos da União no Paraná, para rebater as declarações de Beto Richa de que o Estado é perseguido politicamente pela presidência da República. "Temos um governador que só faz chorar, reclamar e mentir", disse a senadora, que classificou o governo Richa de "fraco, incompetente e preguiçoso". 

Em outro momento do discurso, ao falar das prioridades do governo, voltou a atacar Beto. "O Estado dá calote nos fornecedores, deixa as viaturas sem gasolina e raciona a ração dos cães da polícia porque usa os recursos que arrecada dos nossos impostos para bancar milhares de cargos comissionados cujos ocupantes só fazem política, de manhã, de tarde e de noite." 

Em entrevista à imprensa, depois da homologação, Gleisi negou que a estratégia de campanha será atacar Beto Richa, como fez no discurso. "A estratégia é apresentar propostas para mudar o Estado. O que fiz hoje foi um desabafo porque tenho sido perseguida por declarações do governador de que a situação financeira do Estado é consequência da falta de investimentos federais. Mostrei, aqui, que ele está mentindo." 

O encontro de ontem aprovou, também, a delegação ao diretório estadual da legenda a decisão futura sobre a política de alianças, o nome do candidato a vice de Gleisi e o candidato ao Senado na chapa. "Defendemos uma ampla aliança e entendemos que fechar uma candidatura desde já ao Senado fecha diversas portas de aliança. Se já temos a candidata ao governo, e tivermos também a vaga ao Senado, sepultamos a coligação. Quem oferece um cenário desse não está querendo aliança", disse o presidente do PT, Enio Verri. 

O próprio pré-candidato do partido ao Senado, Dr. Rosinha, concorda com a tese. "Claro que a vaga ao Senado pode ser decisiva para conquistar aliados. Tenho consciência disso. O que defendo é que meu nome seja apresentado aos possíveis aliados como uma das opções. Daí discutimos entre os nomes indicados por outros partidos qual o melhor candidato", disse. 

Com o PDT praticamente garantido na chapa, o PT parte, agora, em busca do apoio do PCdoB, PP, PROS e até do PV e PSD. "Mas todos vão ficar em ‘stand by’ até 20 de junho, quando se define o quadro do PMDB. É a decisão do PMDB que vai movimentar todo o tabuleiro da política de alianças", disse Verri. 

O presidente do PT não soube opinar qual o melhor cenário para o PT, se a presença ou não do PMDB na disputa. "Claro que com o PMDB a chance de a eleição ir para o segundo turno aumenta, mas se o PMDB apoiar o Beto, ganharemos muitos votos de peemedebistas. Quem vota no Requião não vota no Beto e vai acabar votando na gente. Então, não saberia dizer o que é melhor", ponderou. 

Gleisi foi mais objetiva. "Eu sempre defendo eleição com muitos candidatos. É melhor para a democracia porque dá mais opções para a população decidir seu futuro."

Roger Pereira
Reportagem Local FolhaWeb

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