Hospital no PR pode ser leiloado por dívida
Justiça do Trabalho decidiu penhorar o prédio, o terreno e os equipamentos
A Justiça do Trabalho decidiu penhorar o prédio, o terreno e os equipamentos do Hospital Santa Catarina, que fica em Cascavel, no oeste do Paraná. A instituição está com um acúmulo de dez anos de dívidas trabalhistas a ex-funcionários e médicos. Ao todo, 200 ações foram julgadas nos últimos anos em favor dos trabalhadores. Como a direção não pagou, o rombo nas contas chega a R$ 4 bilhões.
A Justiça do Trabalho decidiu penhorar o prédio, o terreno e os equipamentos do Hospital Santa Catarina, que fica em Cascavel, no oeste do Paraná. A instituição está com um acúmulo de dez anos de dívidas trabalhistas a ex-funcionários e médicos. Ao todo, 200 ações foram julgadas nos últimos anos em favor dos trabalhadores. Como a direção não pagou, o rombo nas contas chega a R$ 4 bilhões.
“Esse é o dinheiro que será utilizado para o pagamento de todos os credores trabalhistas e, sobrando dinheiro, será enviado para a Justiça Estadual e para a Justiça Federal para quitar os demais débitos que o hospital tem, seja com fornecedores, seja com dívidas com impostos”, explicou o Juiz da 2ª Vara do Trabalho de Cascavel.
Desde 2008, a gestão tem sido compartilhada entre os sócios e um juiz do trabalho. Por falta de pagamento, por exemplo, o hospital teve de negociar com a Companhia Paranaense de Energia (Copel) para não cortar a luz. Atualmente, dos 100 leitos que o hospital possui, 80 são do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a direção do hospital, as dívidas são resultado de uma briga judicial entre os antigos e os atuais proprietários. “Quando o atual dono comprou, existia já uma série de trabalhistas que estavam em andamento. Inclusive, dívidas deixadas pelos antigos proprietários que ele assumiu quando comprou”, argumentou a advogada do hospital Cíntia Aguiar.
Após ser penhorado oficialmente, o hospital terá três opções: quitar todas as dívidas trabalhistas, fazer um leilão ou uma venda judicial direta, onde o preço e as condições serão estabelecidas pelo juiz do trabalho. Quem comprar o hospital, terá de mantê-lo funcionando.
“Nós não podemos permitir, de maneira nenhuma, que essa área seja utilizada para especulações imobiliárias e transformação dessa unidade em uma outra coisa que não seja o hospital para atender a população”, assegurou o presidente do Conselho Municipal de Saúde Laerson Matias.
De acordo com a Justiça do Trabalho, a definição do que será feito com o hospital deve sair nos próximos meses.
Ta no site
Nenhum comentário
Deixe seu comentário sobre essa notícia