Samu Norte Pioneiro pode ser dividido em dois
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) Norte Pioneiro poderá ser dividido em dois para que cada parte atenda uma associação de municípios da região. Esta, pelo menos, é a intenção do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi) que está se mobilizando para alcançar este objetivo.
Atualmente, a central de regulação do Samu se localiza em Cornélio Procópio e atende quase todos os municípios que formam a Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Cisnop) e a Associação de Municípios do Norte Pioneiro (Cisnorpi). É a central de regulação que recebe todas as ligações para atendimento de urgência e as distribui de acordo com a necessidade.
O Samu Norte Pioneiro começou a funcionar em maio do ano passado, com a adesão de 37 prefeituras. As ambulâncias de suporte avançado e de suporte básico são distribuídas de maneira estratégica nas principais cidades da região. O serviço atendeu mais de 20 mil ocorrências no primeiro ano, o que corresponde a 70 atendimentos diários. Nos últimos meses, a média se aproximou de 3 mil ocorrências ao mês em toda a região.
O Samu é custeado com 50% de recursos do governo federal, 25% do governo do Estado e os outros 25% são rateados entre as prefeituras. A população atendida passa de 500 mil habitantes.
O Cisnorpi quer criar uma nova central de regulação que poderia ser instalada em Jacarezinho, Santo Antônio da Platina ou Cambará.
Tudo indica que o pedido tenha apenas motivação política. O coordenador do Cisnorpi, João Mattar, que é prefeito de Cambará, diz que não há nenhuma reclamação ou insatisfação com a forma como o serviço é prestado atualmente. "O que nós queremos é independência; queremos que a Amunorpi gerencie isso para trazer melhores resultados para a região", afirma.
Mattar diz que já encaminhou o pedido à Secretaria de Saúde do Estado.
Apoio
O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte do Paraná (Cisnop) é o gestor do Samu Norte Pioneiro. O coordenador do órgão, José Olegário, que é prefeito de Congonhinhas, diz que não se opõe à uma criação de mais uma central de regulação para atender os municípios vinculados à Amunorpi. "Eu acho procedente o pedido e nós até incentivamos porque ficaria mais fácil para eles (Cisnorpi) fazer a gestão", afirma Olegário.
Ele não soube dizer se haveria algum impacto nos valores pagos atualmente pelas prefeituras para que a população seja atendida pelo Samu, mas ressalva que haveria um custo inicial para a montar a estrutura necessária. Hoje, a prefeitura para R$ 0,25 por habitante/mês para contar com a prestação do serviço.
Eli Araujo
FolhaWeb
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