TORNADO DEIXA RASTRO DE DESTRUIÇÃO EM ZONA RURAL NO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ
Simoni Saris - Grupo Folha - Divulgação/Defesa Civil
Um tornado passou pelo Norte Pioneiro na tarde do último sábado (28) e deixou um rastro de destruição na zona rural de São José da Boa Vista.
A força dos ventos destelhou casas e barracões, arrancou árvores, destruiu plantações e danificou seriamente a estrutura de uma cooperativa de leite. Também houve problemas no fornecimento de energia elétrica e nos serviços de telefonia e internet.
A Defesa Civil contabilizou 32 famílias atingidas, em cinco localidades. Ninguém ficou ferido.
O funil formado pelos ventos, característico do fenômeno climático, foi registrado por moradores em dezenas de vídeos que circularam pela internet no final de semana. O site de meteorologia Climatempo confirmou a ocorrência do tornado no Norte Pioneiro.
Segundo a coordenadoria da Defesa Civil de São José da Boa Vista, o tornado percorreu uma linha reta que contornou a cidade pela zona rural, passando pelos bairros Água Branca, Pescaria, Bengalinha, Pico e Terra Roxa.
“Por sorte, não entrou na área urbana, senão o estrago teria sido muito maior. E nas propriedades aonde ele passou, a maioria dos moradores não estava em casa”, comentou o coordenador da Defesa Civil do município, Sérgio Luís Pereira.
Os primeiros registros do tornado foram feitos por volta das 15 horas e o fenômeno durou pouco mais de uma hora. Por onde passou, deixou muita destruição. Um dos locais mais afetados foi a Coflep (Cooperativa Agropecuária Familiar do Leste Pioneiro), que teve boa parte da estrutura arrancada pela força do vento.
De acordo com a Defesa Civil, no momento apenas um funcionário estava no local e ele escapou sem ferimentos.
Em uma plantação de eucaliptos, sete hectares foram destruídos pelo tornado. “Teve árvore que foi arrancada e chegou a subir a cem metros de altura”, contou Pereira.
No trecho sem asfalto da PR-151, que liga o município a Sengés, as quedas de árvores provocaram a interdição da rodovia por seis horas, impedindo que a Defesa Civil fizesse o trabalho de fiscalização e levantamento dos estragos. Foi preciso uma força-tarefa entre a Defesa Civil e órgãos da prefeitura para desobstruir a estrada.
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