Mãe abandona criança em construção
Menina ficará em abrigo até que outro familiar responsável seja encontrado
Uma mulher identificada como Jane Estevam Casarini, abandonou ontem, pouco depois das 7 horas da manhã, em uma construção na rua Curitiba, na Vila Ribeiro, em Santo Antônio da Platina, a filha de apenas sete anos, com três bolsas com roupas, sem comida nem água. A menina foi encontrada no local pouco antes das 19 horas, pelo proprietário da construção, Mauro Sérgio Guedes, 32, que acionou a Polícia Militar. Guedes contou para a polícia, que quando chegou, a criança estava chorando e com fome.
Uma mulher identificada como Jane Estevam Casarini, abandonou ontem, pouco depois das 7 horas da manhã, em uma construção na rua Curitiba, na Vila Ribeiro, em Santo Antônio da Platina, a filha de apenas sete anos, com três bolsas com roupas, sem comida nem água. A menina foi encontrada no local pouco antes das 19 horas, pelo proprietário da construção, Mauro Sérgio Guedes, 32, que acionou a Polícia Militar. Guedes contou para a polícia, que quando chegou, a criança estava chorando e com fome.
A menina contou para os policiais e para a conselheira tutelar Simone Santana de Abreu, que sua mãe a deixou no local e disse que iria comprar suco e salgadinho e já retornaria, o que não aconteceu. Os militares fizeram buscas pela mãe, mas ela não foi encontrada.
O padrasto da menina, Carlos Roberto de Souza, foi localizado na rua Augusto Batista de Freitas, no bairro Doutor Jamidas, e informou que mandou a mulher embora de casa, pois era usuária de drogas. A menina foi encaminhada para um abrigo na cidade, onde deve permanecer até que algum familiar seja localizado.
A conselheira explicou que ontem mesmo, através de um número registrado no celular que estava em uma das bolsas com a criança, um tio materno foi localizado em Uraí, próximo a Londrina. “Já entramos em contato com o conselho tutelar da cidade, que informou que o tio não tem condições de ficar com a guarda da criança, pois mora sozinho e tem habito de ingerir bebidas alcoólicas, mas ele manifestou vontade de ficar com a criança”, contou Simone.
A conselheira revelou, ainda, que até às 11 horas de ontem, a mãe da criança não havia procurado o Conselho Tutelar. Simone disse que o Ministério Público já foi comunicado do caso e confirmou que a mulher é, realmente, usuária de drogas. “Ela é mesmo usuária. Vizinhos também confirmaram. Ela até já ficou internada para tratamento, mas quando saiu voltou ao vício”, contou. “Vou representar contra a mãe por abandono. Os avós já são falecidos e por parte de pai, não foi identificado nenhum familiar. A criança não tem ninguém”, completou Simone.
Sobre o pedido de guarda provisória da criança, o conselheiro tutelar Marcelo Marcos de Araújo, explicou que primeiro é procurado familiares da criança abrigada. “O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define que primeiro tem que esgotar todas as hipóteses de consanguíneos. Pode ser colocada para adoção pela juíza se a mãe disser que não quer a guarda”, explicou.
Jivago França/ Tribuna do Vale
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