No `melhor do mundo´, Pato já mira retorno à seleção brasileira
Apresentado nesta sexta-feira no CT Joaquim Grava como novo reforço do Corinthians, Alexandre Pato procurou adotar um discurso humilde ao falar de seleção brasileira, embora saiba bem o que é vestir a camisa amarela. O atacante enfatizou que primeiro precisa focar no seu bom desempenho no clube para ter chance de voltar à equipe nacional, na qual perdeu espaço também por causa da série de lesões que amargou nos últimos tempos. E, agora, ele vê a sua ida para o "melhor time do mundo", como definiu em entrevista coletiva nesta tarde, como um grande trunfo para consagrar o seu retorno.
"Primeiro penso no Corinthians, tenho certeza que com os resultados, com os títulos, que eu posso chegar na seleção, mas estou com a cabeça pensando no Corinthians. Quero jogar, mostrar meu valor para, quem sabe, pensar em seleção", disse o jogador de 23 anos.
Já ao ser questionado sobre qual recado daria a Luiz Felipe Scolari, que no fim do ano passado voltou ao comando da seleção após a demissão de Mano Menezes, Pato respondeu: "Eu falaria a ele que estou feliz de voltar ao futebol brasileiro, que o futebol aumentou muito o nível (no País), que estou bem e tenho certeza que vou trabalhar bem no Corinthians".
E o atacante garante que não deu um passo atrás na carreira ao trocar o Milan pelo Corinthians. Para justificar a sua opinião, ele lembrou das recentes glórias conquistadas pelos corintianos. "O Corinthians foi campeão da Libertadores, foi campeão mundial, é o melhor time do mundo hoje, não dei um passo para trás, vim para o time melhor do mundo", completou.
Caso realmente brilhe com a camisa corintiana e consequentemente volte à seleção, o atacante deverá reencontrar Neymar, com quem atuou sem sucesso na Copa América de 2011 e depois amargou a perda do ouro olímpico para o México na final dos Jogos de Londres no ano passado. Antes disso, porém, ele deverá ter pela frente o jogador do Santos como rival, inicialmente no Campeonato Paulista. Entretanto, ele descartou a possibilidade de passar a criar uma rivalidade com o amigo por causa dos vários confrontos que os dois poderão travar neste ano.
"Neymar é um campeão, um jogador fora de série, mas para o Brasil não existe rivalidade, juntos vamos ajudar o Brasil a chegar ao topo", projetou, ao mesmo tempo em que enxerga como importante o craque do Santos traçar o caminho inverso ao dele em um futuro próximo, trocando a equipe brasileira por um clube europeu de primeira expressão.
"O Ney está trabalhando muito bem, fazendo grandes campeonatos, mas Europa é Europa, todos pensam em ir para lá", enfatizou, destacando também que a opção do atacante de seguir no Santos precisa ser respeitada. "Hoje o Brasil tem tudo, um campeonato muito importante em nível mundial. O Neymar está fazendo suas escolhas. Espero que sejam as melhores para ele e só desejo que seja feliz", encerrou.
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