TJ-PR revoga prisão de prefeito de São Jerônimo da Serra
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça
do Paraná (TJ-PR) revogou, na quinta-feira (28), a prisão do prefeito de São
Jerônimo da Serra, no Norte Pioneiro do Paraná, João Ricardo de Mello (PPS).
Na decisão assinada pelo desembargador
Laertes Ferreira Gomes, Mello será monitorado por tornozeleira eletrônica.
O prefeito foi preso no dia 16 de outubro durante a
deflagração da Operação De Jà Vú, que investiga um esquema para fraudar
licitações municipais. Segundo as investigações, a prefeitura adquiriu uma
quantidade de produtos acima do necessário ou itens desnecessários, sobretaxou
os valores ou simplesmente fez licitação para justificar a aquisição ilegal de
produtos.
Na época da ação, o
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) disse que as irregularidades só ocorriam com anuência de João
Ricardo de Mello.
No início de novembro, o prefeito foi denunciado pelo Ministério Público do
Paraná (MP-PR) por organização criminosa e 53 crimes de
responsabilidade, por apropriação de dinheiro público.
O chefe do Executivo
Municipal estava preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais. No mesmo dia da
prisão, a Justiça determinou que ele fosse afastado do cargo por tempo
indeterminado.
Conforme decisão da
2ª Vara Criminal, Mello deverá comparecer em juízo a cada 15 dias, está
proibido de entrar na prefeitura e de manter contato com os investigados na
operação, deve ficar em casa durante a noite e será monitorado por tornozeleira
eletrônica. Ainda foi determinado o pagamento de R$ 9.980 de fiança.
O advogado Maurício
Carneiro, que defende João Ricardo de Mello, disse que durante o julgamento do
recurso foram apresentadas provas que comprovam que o prefeito não tem
envolvimento no esquema. "Apresentamos, por exemplo, contas de luz da casa
do prefeito que estão atrasadas para mostrar que o ele não tem condições
financeiras para pagar as contas básicas. Se estivesse envolvido em algum esquema
para desviar dinheiro, a situação seria outra. João de Mello não participou de
nenhum esquema criminoso", afirmou que o advogado.
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